index    blog

LoveCreation®
Bjørn Leimbach
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Tel: 011 - 32 8080 12
-> Contato
Skype: lovecreation

Coração guerreiro

Buch-Maennlichkeit-lebenO novo caminho para uma masculinidade consciente

O mais famoso livro na Alemanha sobre masculinidade, 6. edição
Introdução em português:

A maioria dos homens já se apaixonou pela mãe, pela professora, pela amiga e pela esposa. O que muitos homens não percebem é que enquanto estão à espera de reconhecimento e afirmação através das mulheres, continuam em uma posição de dependência e isolamento. Inconsciente, acabam abrindo mão do que possuem de mais precioso: a sua masculinidade.
Há milhares de anos, o papel masculino na sociedade foi marcado pela caça, pela luta e pela agressão – condições necessárias que possibilitaram a sobrevivência da raça humana no decorrer da história da evolução. Os valores e as características denominadas masculinas eram a coragem, a disciplina, a força de vontade, a responsabilidade e a determinação. Nos últimos três séculos, a sociedade da época evidenciava a transmissão das características e virtudes masculinas e as considerava como qualidades necessárias à personalidade do homem.


Já o papel feminino, em contrapartida, orientou-se na história da evolução em função da reprodução, da educação dos filhos, da alimentação e dos cuidados com a família. Dedicação, sensibilidade e versatilidade eram consideradas como características tipicamente femininas. Além disto, o status social e o papel da mulher eram marcados pela sua dependência do homem.
Nos últimos anos, o movimento feminista teve como conseqüência uma mudança relevante no que diz respeito à autocompreensão dos homens e das mulheres. Valores tradicionais estereotipados baseados na maneira de pensar e de agir foram colocados em questão, dando espaço a uma nova consciência comportamental. Vale lembrar, que hoje em dia, as mulheres que possuem uma boa formação sócio-cultural, não estão mais dispostas a se sacrificarem por um homem, em favor de uma vida voltada para os afazeres domésticos. A cada geração, as mulheres priorizam e fortalecem o seu desenvolvimento pessoal e profissional e hasteam a bandeira da independência e da autoconfiança. E os homens acompanham esse processo se libertando da imagem de macho, não mais condizente com os dias atuais.
Os movimentos feministas e de emancipação dos últimos trinta anos não só modificaram o papel da mulher na sociedade, mas também ocasionaram transformações correspondentes à tomada de posição do homem.
Contudo, as mudanças no papel exercido por ambos os sexos contribuíram para desvincular estruturas arraigadas e acarretaram um aumento da difusão dos papéis de homens e mulheres na esfera social. Um bom exemplo disto é a situaçao conflituosa na qual as mulheres atualmente se encontram, tendo que decidir entre filho e carreira. Devido a uma série de fatores, muitas delas não conseguem combinar a maternidade com a profissão. Esse dilema pode ser comprovado através de dados sócio-demográficos que mostram claramente a diminuição das taxas de natalidade entre mulheres com formação universitária.
Em relação aos homens, a alteração de valores sofreu efeitos ainda mais bruscos do que se podia imaginar. Virtudes masculinas como agressividade, coragem e determinação não são mais supervalorizadas na sociedade atual como há 30 anos. Muito pelo contrário, são consideradas questionáveis pela lente crítica da modernidade.

As mulheres tomam o poder
Em 20 anos de experiência como facilitador, coacher e terapeuta ministrando cursos e palestras na Alemanha e em diversos países europeus, venho observando não só as transformações contínuas, como também as suas conseqüências. Um aspecto que chama muito a minha atenção é o fato que mais e mais homens vêm desenvolvendo o seu lado feminino, ao invés de ressaltarem as típicas características tidas como masculinas. Eles descobrem qualidades como a emocionalidade, a necessidade de harmonia, a paz interior e a sensibilidade. Eles aprendem a lidar melhor com as mulheres, a não priorizar a carreira como o sentido máximo da vida e a associar a sua autocompreensão como homem à afirmação por parte da mulher.
Por outro lado, a quantidade de mulheres que desenvolvem e fortalecem o seu lado masculino também aumentou consideravelmente. A força, a autoconfiança, a capacidade de imposição e a determinação são algumas das qualidades adquiridas pelas mulheres.
À primeira vista, estas transformações parecem contribuir para uma maior aproximação e compreensão entre ambos os sexos. Mas as aparências enganam, pois na prática provocam uma profunda insegurança e afetam os homens principalmente.
O número de homens que sofrem de dependência emocional ou se isolam em um relacionamento vem aumentando gradativamente. "Quem sou eu?" Atualmente, esta pergunta vem ocupando a mente masculina. Qualidades tipicamente masculinas como disciplina, ambição, agressão e consciência do dever são rejeitadas como forma de recusa do próprio pai – o primeiro referencial de masculinidade na vida. Muitos homens até se esforçam para esconder qualquer sinal de agressividade, força e também de sexualidade. Magoar ou machucar uma mulher – em sentido real e figurado – torna-se tabú. Em contrapartida, os homens estão dispostos a se magoarem – uma reação comparável a de um menino bem comportado e à espera de reconhecimento da mãe, ou de represália em caso de mau comportamento. Resultado: quanto mais "comportado", maior o risco de perda da identidade do homem no sentido estrito da sua masculinidade. Um bom exemplo, é o do lobo em pele de cordeiro, que, com o decorrer do tempo, esqueceu-se que era só uma espécie de fantasia.
O mais paradoxo nesta situação é que as mulheres perdem o interesse pelo "bom" rapaz. A partir do momento em que uma mulher exerce o domínio sobre o "seu" parceiro, a mesma se encontra no papel de mãe, tratando o homem como se fosse um menino grande. Geralmente, muitas mulheres procuram o suposto homem perfeito para viver momentos emocionantes. Segundo um estudo interativo que realizamos sobre comportamento sexual (vide www.sexualtherapie.biz), constatamos que as mulheres são tão fiéis ou infiéis quanto os homens. Uma outra pesquisa publicada na edição de março de 2007 da revista Player, mostra que 67 por cento das mulheres traem os seus parceiros por estarem insatisfeitas sexualmente, e 23 por cento por puro sentimento de aventura.
As mulheres vem tomando a liderança e a responsabilidade no casamento e no relacionamento, enquanto que os homens vão "perdendo terreno" gradativamente. Os homens se transformam em meninos bonzinhos e comportados, incapazes de machucarem uma mulher. Para fazer uma mulher feliz, esses meninos estão dispostos a abrir mão de seus próprios desejos, sonhos, da liberdade e agressividade, e, as vezes, até mesmo da própria sexualidade.
Este novo papel do homem também já chegou às telas do cinema alemão e do americano. Nos filmes, o homem é geralmente apresentado no relacionamento como um parceiro simpático e ao mesmo tempo engraçado. Por outro lado, a mulher é a personagem que detém o poder, o domínio e o controle. O homem se destaca apenas devido as suas qualidades humorísticas ou pelas sua qualidades de bom moço: insosso, sem poder e completamente dependente da sua parceira – o reflexo de muitos relacionamentos reais.

A alteração dos valores sociais contribuiu para que hoje em dia as mulheres se fortalecessem efetivamente. Toda cidade grande alemã, por exemplo, possui um escritório subsidiado pelo estado que estimula a eqüidade de gênero. Os funcionários desses postos tem como tarefa promover o desenvolvimento das mulheres, protegê-las e evitar que as mesmas sejam por qualquer motivo desfavorecidas. As atividades culturais organizadas pelo estado, oferecem oportunidades específicas com o objetivo exclusivo de fomentar as mulheres. A educação em estabelecimentos, como os jardins de infância e as escolas, investem em conceitos pedagógicos com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de meninas.
O sucesso feminino pode ser comprovado atualmente através das melhores notas escolares. As meninas são consideradas socialmente mais competentes e possuem qualidades imprenscindíveis para o sucesso profissional futuro.
Dentro desse contínuo processo de alteração de valores, as meninas e as mulheres que se desenvolveram graças ao estímulo e incentivo social, acabam se deparando com os fracassados: os meninos e os homens. Os meninos são preparados para abandonarem sentimentos de agressão e de liberdade e para se tornarem pacíficos, democráticos e sensíveis. Na verdade, pode-se definí-los como meninas melhoradas – dóceis e compreensíveis, chegando até um determinado grau de ingenuidade ou de adequação em relação aos supostos desejos dos outros. E os outros são as mulheres, personagens presentes na vida de muitos jovens que, com o intuito de agradá-las, acabam adquirindo os valores femininos na vida adulta.
As conseqüências deste desenvolvimento são devastadoras: os meninos e os homens se tornaram um problema social. Apredizagem deficitária, notas escolares baixas, dependência de drogas, suicídio – os meninos e os homens fazem parte das manchetes negativas de jornais em quase todas as camadas da sociedade.

Homens dependentes de mulheres
Nos últimos anos, foram inúmeros os casos de homens emocionalmente dependentes de suas mulheres e que procuraram ajuda terapêutica no meu consultório. Hans é um exemplo típico: advogado bem sucedido, atraente e de boa aparência. O motivo pelo qual ele procurou a minha ajuda como terapeuta foi a sua infelicidade conjugal. Após o quarto ano do nascimento do seu filho, que ele ama imensamente, aumentaram os conflitos com a sua esposa, uma mulher inteligente e terapeuta experiente. Embora Hans se esforce para fazê-la feliz, arranje tempo para cuidar do filho após uma longa jornada de trabalho e até mesmo ajude nos afazeres domésticos, aumentaram as críticas feitas pela sua mulher. Ao mesmo tempo, o desinteresse sexual de sua exposa por ele tomou proporções drásticas.
Durante a sessão terapêutica , Hans admite quase não ter mais sexo com a sua esposa. O motivo da abstinência sexual por parte de sua esposa, muitas vezes é reforçado pela rejeição ou por pretextos aparentes. Com um certo peso na consciência, ele também admite ter traído a sua esposa com uma outra mulher, embora a ame e se sinta atraido por ela sexualmente. Hans cresceu rodeado por mulheres, com pouca influência masculina e teve um pai fracassado que rejeitava a própria família. Desde cedo, Hans aprendeu a entender o que as mulheres esperavam dele. Para corresponder as expectativas delas, ele continuou se esforçando, mas o seu comportamento não foi suficiente para fazer tanto ele quanto a sua parceira felizes. A parceira acaba se tornando uma mãe dominante, que o elogia ou o castiga. Ele aprendeu a se adequar ao temperamento das mulheres. As mulheres determinam o ambiente emocional do lar. As mulheres ditam as regras de distância e aproximação em uma relação. E as mulheres determinam quando querem ter sexo, e não os homens. Em discussões, eles geralmente se sentem como perdedores. E essas discussões atingem mais o homem do que a sua parceira. Para contrabalancear esse sentimento de submissão e de dúvida, os homens se distanciam da parceira. Mas se aproximam de uma outra mulher à procura de afirmação. Infelizmente, sem bons resultados: distração e alívio através de um caso acabam provocando sentimento de culpa no homem. Sentimentos de dúvida e de separação trazem o homem de volta à realidade. Com freqüência, o homem procura ajuda junto à pessoa errada: à mulher.

A situação de Hans pode servir de exemplo e de ponto de referência para muitos outros homens. A insegurança entre meninos e homens é tão grande e reflete o tipo de parceiro que muitas mulheres anseiam: um parceiro íntegro, com os pé no chão e corajoso, a ponto de lhe contradizer com sinceridade e respeito. Um homem que tenha estrutura para suportar de vez em quando os seus gritos e que não saia correndo aos prantos e amendrotado. Um homem que não tenha receios em se deparar com situações conflituosas, de dor ou de perda, permanecendo fiel a si mesmo e a suas visões. Hoje em dia, a mulher está à procura de um homem que saiba e que esteja disposto a lutar pelo que quer; um homem que saiba dizer categoricamente um Não ou um Sim, ao invés de postergar a sua decisão com um Talvez ou Vamos ver. A mulher sente falta do homem que suporte os seus sentimentos tempestuosos e que seja capaz de sintonizar a freqüência direta de seu coração. Um homem que ela possa respeitar e com o qual ela possa contar.
Como pôde acontecer que os homens perdessem a sua identidade e, conseqüentemente, a sua força? As mulheres são as pessoas as quais os homens permitem proximidade emocional desde a infância: as mães, as avós, as educadoras, as professoras, as parceiras, as amantes, as esposas e as amigas. Essa lista do referencial feminino é bem longa para muitos homens.
O século passado foi marcado por duas grandes guerras mundiais, ocasionando a ausência física ou emocional da figura do pai como referencial masculino e modelo de masculinidade. Em conseqüência disto, os homens se isolaram em seus sentimentos. O contato com outros homens ficou reduzido a atividades de lazer, esportivas ou conversas rotineiras. Este comportamento pode ser interpretado como um reflexo do relacionamento com o próprio pai. Uma real proximidade emocional, carinho, amizade e contato corporal são elementos os quais muitos dos homens de hoje sentem falta.
Sem contar a experiência de ter a oportunidade inigualável de se unir à força e ao apoio da figura do pai, do avô, bem como de todos os antepassados masculinos – descobrir a fonte energética das próprias raízes, das quais a maioria dos guerreiros solitários de nossa cultura foram privados.

O homem vivenciando a liberdade, a força e a autoconfiança
O que precisa acontecer para que os homens superem esta crise de identidade? Para que eles
recuperem a sua autoconfiança e se fortaleçam emocionalmente? Para que eles sejam donos de seus próprios narizes e independentes das mulheres? Este livro tem por objetivo mostrar um caminho condizente aos dias de hoje e uma abordagem compreensiva de masculinidade, transformando meninos grandes em homens. Este caminho começa com o abandono da posição de conforto e com o abandono do colo feminino, levando muitas vezes a um mundo rude, mas também a um mundo masculino com carinho. Este caminho conduz o homem ao contato com outros homens, libertando-o da influência dominante da mulher.Carinhoso, sincero e emocionalmente fortalecido. Um menino só consegue aprender a ser homem com outros homens – nunca com uma mulher. E aqui se encontra a raíz do problema: mais e mais homens discutem os seus assuntos pessoais e problemas com as amigas – mas a percepção da masculinidade do homem só é refletida com sinceridade através do contato com outros homens, distante da concorrência, da superficialidade e da intelectualidade feminina. Um menino se desenvolve como homem através do contato sincero com outros homens. A sua iniciação no mundo masculino ocorre através do intercâmbio com outros homens. Não só um pai presente oferece terreno para discussões e, ao mesmo tempo, calor humano, mas também mentores podem exercer uma função modelo e de referencial masculino na infância e na adolêscencia, completamentando assim esta tarefa tradicional. Infelizmente, isto não acontece com freqüência nos dias de hoje. Além do mais, algumas mulheres emancipadas são da se acham capazes de criar o filho sem a presença do pai. Um erro fatal, pois sem a figura do pai, o menino se tornará um rapagão, e não um homem.

Mas o que falta para muitos homens é um processo de iniciação no mundo masculino, para que não continuem correndo sem rumo atrás das mulheres. Eles se revoltam contra os seus pais, se retraem e se colocam em uma posição arrogante, sem emotividade e repleta de intelectualidade.
Este livro não tem por objetivo colocar a culpa nas mulheres pelo "amolecimento" dos homens, mas alertar e mostrar o caminho para que os homens descubram a sua identidade masculina. Este livro quer fortalecer a autoconfiança e a autonomia emocional dos homens, para que estes estejam aptos a se responsabilizarem pelas suas próprias vidas como homens. Um homem que desenvolve as suas qualidades como a coragem, a sinceridade e a autodisciplina, pode desenvolver uma relação positiva como o seu potencial de agressão e capacidade de direção da própria vida. E assim, poderá compartilhar desses sentimentos com a sua parceira. Isto também é válido para as mulheres. Mas a mulher não é o assunto desse livro. Este livro foi escrito para os homens.
Neste livro, eu apresento a minha experiência como facilitador, coacher e terapeuta sexual e de casais em cursos e palestras na área de desenvolvimento de personalidade. Além disto, gostaria de chamar a atenção para o desenvolvimento social através do qual muitos homens e mulheres vem perdendo a sua masculinidade e feminilidade. O meu objetivo é abordar um caminho da masculinidade compreensiva. Um caminho com iniciações energéticas que leva a uma nova cultura masculina. Para este novo homem, eu escolhi a imagem do "Coração Guerreiro" que representa a visão existencial do homem. Um homem que vive a sua masculinidade com autoconfiança, orgulho e independência. Um homem que está unido a sua energia guerreira e a sua força emocional. Um homem que luta pelos seus desejos e visões. O coração guerreiro sente a força do amor que ele traz no seu âmago e a transmite ao universo com toda a sua energia.